De um lado os que manifestam, hà uma semana nas ruas de Londres, e outras cidades do Reino Unido, de alegria. Festejam e celebram a sua morte. Opinaram mesmo que “devia ter morrido hà 50 anos atràs...!” O que não é de estranhar. Por outro lado (uma minoria) os que consideram que ela foi uma grande primeira-ministra, que teve a coragem de enfrentar a crise no seu paìs com reformas corajosas e determinação firme.
No plano internacional, ela destacou-se por ter considerado “Nelson Mandela de um grande terrorista... E Augusto Pinochet de grande democrata”! Sim senhor!! Sem esquecer a guerra das Ilhas Malvinas que ela desencadeou contra a Argentina em 1982. Convém referir que o Arquipélago das Malvinas é uma colònia inglesa situada à 480 km da costa da Argentina e que pertence naturalmente à este paìs.
Pois os ingleses ocupam estas Ilhas desde 1833 depois de terem desalojados os argentinos, e a guerra que se ocorreu entre eles para a soberania destas Ilhas durou 74 dias saldou-se pela derrota da Argentina com a perda de 650 militares, e de 250 militares ingleses mortos.
A “Dama de Ferro”, como foi alcunhada e conhecida internacionalmente depois da guerra das Ilhas Malvinas, nunca fez unanimidade na sociedade britânica e pelos vistos jamais a farà mesmo morta! Jà sò por isto acho que ela devia ser admirada e tirar-lhe o chapéu. Poderosa heim!!
Desde sua eleição nos anos 80 ela optou por uma polìtica social ultra-liberal com uma violência inédita. Privatizou, enfraqueceu os Sindicatos, e não hesitou em mandar os policiais montados carregar violentamente sobre os mineiros em greve, entre os quais houve 3 mortos e ao total 20 mil feridos.
Durante o seu mandato a classe trabalhadora inglesa, a menos favorecida, pagou caro o ultra-liberalismo da Dama de Ferro... E continua ainda a pagar mesmo depois da sua morte, pois o seu funeral na pròxima quarta-feira, dia 17 deste mês, vai custar ao Estado (contribuentes) entre 10 à 12 milhões de libras esterlinas!
Sobretudo que no seu testamento deixou bem claro que não desejava uma cerimònia à nìvel nacional para o seu funeral. Pudera, era bastante consciente da sua impopularidade!
Este custo é devido a segurança do evento, pois vàrios chefes de estado e personalidades importantes foram convidados, principalmente os antigos presidentes dos Estados Unidos da América que ainda estão vivos, claro. Os que jà faleceram se farão representar por uma personalidade. Conforme li no Le Monde.fr o realizador cinematogràfico inglês “Ken Loach”, ironizou e sugeriu: “Privatizar o seu enterro, lançar a oferta e optar por mais barato... È o que ela gostaria.” Como é òbvio, compreende-se.
Entretanto a imprensa britânica não pàra de criticar desde vàrios dias este “Adeus a 10 milhões de libras” à Margaret Thatcher. O jornal “The Independent” acha que este funeral bastante contestado antes de ser realizado, tem um aspecto positivo e justifica: “Num momento onde as pessoas se desinteressam de mais em mais da polìtica, não é nada insignificante que um polìtico, mesmo morto, provoca paixão tão elementar.” Està dito, compreende quem compreenderà! Em todo o caso o governo inglês prometeu publicar todas as facturas da ceremònia do enterro à realizar, que jà deu e darà que falar, da ex-primeira ministra britânica.
Margaret Hilda Thatcher |