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mercredi 6 juin 2012

Amìlcar Cabral, e a sua entrevista no jornal francês L'Humanité

O engenheiro Amìlcar Lopes Cabral concedeu uma importante entrevista ao jornalista francês Jacques Arnault do jornal L'Humanité no mês de abril de 1964, hà 48 anos em plena guerra colonial contra Portugal. Esta entrevista foi publicada no L'Humanité no dia 6 de maio do mesmo ano foi uma verdadeira mensagem aos Paìses Ocidentais, entre os quais a França onde a polìcia polìtica e fascista de Salazar operava livremente no seu territòrio como bem entendia, e onde Amìcar Cabral tinha sido detido uns anos atràs no Aeroporto d'Orly aquando de uma escala. Esta entrevista nos lembra ainda que o pai da nacionalidade caboverdiana era um homem de diàlogo, e que este valor humanista era a sua prioridade com o Portugal fascista e colonial de então. Dotado de um agudo sentido de comunicação Amìlcar era também um homeme clarividente. Pressentia algo aque estava tramando, envolvendo a França, e que constituia um dos obstacùlos na sua caminhada para conseguir a independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau?
Eis alguns extractos da sua entrevista em francês, a qual pude traduzir para português e que fiz o màximo para ser o mais fiel possìvel: A propòsito da greve no cais de Bissau disse, "...Os portugueses têm os dias contados em Guiné-Bissau. De 1956 à 1959 nòs implantamos pouco a pouco entre os trabalhadores e pequena burguesia nas cidades, incentivamos e reforçamos as reivindicações de caràcter social. Em 1956 dirigimos uma importante greve no cais de Bissau, os Portugueses inclinaram. Em 1958 desencadeou uma greve da mesma natureza com os mesmos trabalhadores, aos quais se juntaram outros da navegação fluvial. Desta vez os portugueses reagiram com uma extrema violência, houve 50 mortos no cais de Bissau (conhecido como o triste e célebre Massacre de Pidjiguiti, n.m.)...! 

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